A Justiça Federal na Paraíba (JFPB) apoia a Pesquisa sobre Violência Doméstica e Familiar no Judiciário, promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com prazo de participação até 29 de abril. 

O questionário é destinado a magistradas, servidoras e colaboradoras do Poder Judiciário. O objetivo é levantar dados sobre o conhecimento dessas mulheres em relação à Recomendação CNJ n. 102/2021, que orienta a adoção de protocolos de prevenção e enfrentamento à violência doméstica.

Na JFPB, a iniciativa é apoiada pelo Grupo de Apoio e Assistência às Magistradas e Servidoras (GAMS/JFPB). Para a juíza federal Katherine Bezerra Carvalho, coordenadora do grupo, a escuta qualificada pode promover avanços. “Incentivamos a participação de todas as mulheres do nosso quadro funcional nesta pesquisa, que é uma ferramenta fundamental para que o Judiciário compreenda melhor a realidade enfrentada por suas integrantes e desenvolva medidas mais eficazes de proteção, acolhimento e prevenção”, afirmou. 

O formulário é anônimo e pode ser acessado neste link. Entre os temas abordados, estão: 

- identificação institucional; 

- conhecimento da regulamentação; 

- familiaridade com o protocolo estruturante; 

- percepção sobre a chamada “rota crítica”. 

Dados do Censo do Judiciário 2023 apontam que: 

- 87,5% dos servidores relataram violência psicológica no ambiente familiar; 

- 48% sofreram violência física; 

- 41,4% vivenciaram violência moral; 

- 25,5% foram vítimas de violência patrimonial. 

Entre os respondentes, 90% das mulheres e 98,1% dos homens disseram ter vivenciado situações de violência doméstica ou familiar, mesmo sem formalizar denúncia.